Manutenção de Jardins
Regras básicas para a manutenção de um jardim:
·
Irrigações mais frequentes até o completo pegamento das mudas. A
necessidade de irrigação irá depender do tipo de solo, da espécie vegetal, da
época do ano e do tamanho da planta;
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Replantio de mudas para substituir as eventualmente mortas e/ou espécies
de floração sazonal;
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Varredura geral dos gramados e canteiros para retirada de folhas e
detritos;
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Corte da grama mantendo-se o delineamento das margens nos canteiros e
passeios;
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Cobertura anual dos gramados com terra peneirada e adubada, bem como
reposição de terra nos canteiros para compensar o solo eventualmente perdido
por erosão;
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Controle de plantas daninhas, assim como de plantas parasitas;
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Combate sistemático aos insetos-praga e agentes causadores de doenças;
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Podas de diversos tipos, de acordo com a necessidade;
·
Adubação geral em todas as áreas do jardim, de acordo com as
necessidades de cada espécie.
Dentre as trepadeiras, os arbustos escandentes e cipós precisam ser
amarrados a tutores durante as primeiras fases do desenvolvimento, sendo
necessário, ainda, dirigir os caules para posições mais adequadas. Os cipós
podem exigir algumas podas iniciais para forçar a ramificação lateral e impedir
o crescimento excessivo em altura.
1.ADUBAÇÃO DE COBERTURA
A) Para árvores: 200g de 4-14-8 + Zn após o perfeito pegamento das
mudas:
Fazer, ainda, três aplicações de 150g/vez de sulfato de amônio ou
nitrocálcio no período chuvoso, ao redor da planta na zona de projeção da copa.
Mudas com menos de 1,80m de altura, estas quantidades devem ser reduzidas
proporcionalmente;
B) Para palmeiras: após o pegamento da muda, aplica-se 200g/cova do
adubo 10-10-10;
C) Para arbusto: 120g de 4-14-8+Zn após o perfeito pegamento das mudas:
Fazer, ainda, três aplicações de 90g/vez de sulfato de amônio ou
nitrocálcio no período chuvoso, ao redor da planta na zona de projeção da copa.
D) Para cercas vivas: há exigência de mais adubações anuais de
cobertura, especialmente quando trata-se de uma cerca viva podada. Sugere-se
uma formulação equilibrada como 10-10-10 (30g.m-1 linear/vez), sendo a primeira
logo no início das chuvas e três posteriores durante o período chuvoso;
E) Para trepadeiras: usa-se 300g de 10-10-10 após o pegamento da muda,
divididas em duas ou três parcelas durante o período chuvoso.
2. PODAS
As podas mutilantes devem ser evitadas. Controlar o crescimento da copa
tem sentido apenas para direcionar a ocupação do espaço que lhe foi destinado,
nunca delimitar o volume da copa.
2.1. De Formação
A poda de formação é usada quando se pretende alterar o hábito natural
de crescimento da planta, sendo diferente da topiária (prática que consiste em
dar forma geométrica e escultural a uma planta de folhagem densa). Esta poda
quase não é usada em arbustos, com exceção daqueles para cercas vivas formais,
nas quais logo após o pegamento, faz-se o desponte à baixa altura para
estimular a ramificação lateral. Assim, após as mudas atingirem 65cm de altura,
poda-se a haste principal a 20cm do solo para quebrar a dominância apical e
estimular o desenvolvimento dos ramos laterais. Estes serão podados a 15cm do
caule quando da segunda poda da parte apical e, assim, sucessivamente, até que
atinja a altura e largura desejadas. Assim, as plantas serão forçadas a formar
a saia com numerosos galhos quase paralelos ao solo e estendidos a poucos
centímetros deste.
Ao contrário da anterior, para a formação de arvoretas, podam-se todos
os ramos laterais que surgirem, exceto pequena coroa no topo. Após o arbusto
atingir altura conveniente (1,5m), deixa-se a copa desenvolver, tutorando-o até
que o caule se torne suficientemente lignificado para suportar seu próprio
peso.
Algumas plantas, como as rosas trepadeiras, com tendência a crescerem
excessivamente para cima e pouco para os lados, devem ter seus ramos laterais
curvados para baixo e amarrados, para que haja acúmulo de hormônios que
induzirão a emissão de novas brotações.
Para o caso de árvores, deve-se eliminar todas as brotações laterais à
medida que forem aparecendo até a altura de 1,8 a 2,0m, para permitir o livre
trânsito de pessoas e veículos, assim como quando do surgimento de dois ou mais
troncos, esses devem ser eliminados enquanto novos.
Os ramos ladrões também devem ser eliminados, pois além de serem
excessivamente compridos, não apresentam nenhum efeito estético e exaurem as
substâncias nutritivas da planta e perturbam o seu desenvolvimento.
2.2. De Floração
A poda de floração é característica de cada espécie, pois depende do
tempo gasto para a formação das gemas floríferas. Nas hortênsias, deve ser
feita após floração já murcha, apenas nos ramos que tenham apresentado
floração, para não retirar os ramos que irão florir no próximo ano.
Nas roseiras e hibiscos, por florescerem apenas nos ramos nascidos no
ano corrente, a poda deve ser feita antes que os novos brotos comecem a
aparecer, para que nasçam brotos fortes que logo produzirão flores. Já o bico
de papagaio deve ser podado drasticamente a 15cm do solo, a fim de produzir
brotação vigorosa e grandes brácteas vermelhas.
A maior parte dos arbustos é podada com a intenção de se conseguir mais
flores, o que deve ser feito no momento certo para não ocorrer efeito inverso,
ou seja, a supressão da florada.
2.3. De Limpeza
A poda de limpeza consiste em uma poda leve, simples, para a retirada de
ramos secos, doentes, praguejados ou com alguma inconveniência.
2.4. De Correção
A poda de correção é realizada quando o plantio foi efetuado em local
inadequado e a planta estiver impedindo a entrada de luz ou atrapalhando o
livre trânsito das pessoas. Feita preferencialmente no final do inverno,
especialmente se for necessário a remoção de muitos galhos.
2.5. De Rejuvenescimento
A poda de rejuvenescimento é efetuada com o objetivo de reformar a copa,
reconstituir a ramagem já estéril e fazer voltar à planta sua aparência
perdida. Feita drasticamente no final do inverno antes do início da brotação,
removendo os caules mais velhos e cortando-se bem próximo ao solo.
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